segunda-feira, 6 de junho de 2011

A História da Sociedade São Vicente de Paulo


          
                 A Sociedade São Vicente de Paulo surgiu na França do século XIX, após uma reflexão de retorno a doutrinas cristãs católicas vividas por jovens que acreditavam no respeito mútuo, na igualdade e liberdade de todos.
            Depois de um longo debate sobre as crises sociais, políticas e religiosas na Europa do século XIX, jovens universitários reunidos em uma tumultuada discussão, são afrontados com uma pergunta que os fez pensar: “Vocês podem vangloriarem-se de sua religião quanto ao passado, pois no presente ela não passa de uma árvore que já deu frutos e já está morrendo. Onde estão os frutos que ela prega que , poderiam nos convencer de sua real existência?” Movidos pela emoção do momento, um jovem de 20 anos chamado Ozanam aceitou por sugestão de Le Tallandier  um senhor muito respeitado dos alunos de Sorbone (Universidade da França), fundar uma Conferência para a pratica da Caridade.
            Em 10 de maio de 1833, na sala do Jornal “A Tribuna Católica”, Antonio Frederico Ozanam, Paulo Lamanche, Félix Clave, Augusto Lê Taillandier, Júlio Devoux  e Francisco Lallier jovens universitários, fundaram a primeira Conferência de Caridade com apoio do professor Emanuel Bailly da mesma universidade. Mas é em 1935 que nasce efetivamente a Sociedade São Vicente de Paulo. Com a frase “Vamos aos pobres!” dita por Ozanam, munido de uma acha de lenha e alguns alimentos, os jovens foram visitar algumas famílias das regiões mais pobres da cidade.
            O nome da organização veio por inspiração do trabalho realizado pelo Padre Vicente de Paulo, um homem que tornando-se padre aos 19 anos em 1600 na França, teve em sua caminhada uma história de profunda dedicação, no esforço em diminuir e remediar tanta miséria provocada pelas guerras e abusos dos governantes da época. Mas soube, o Padre Vicente administrar estes trabalhos com a ajuda de recursos financeiros feitas pelas pessoas caridosas da sociedade. Criou hospitais, métodos de cuidados com os doentes, atendimento as famílias mais pobres, e não foi à toa que também é considerado o patrono da Enfermagem. Também foi colocada sobre a proteção da Virgem Maria mãe de Jesus Cristo.
            Devido ao espírito de humildade e á simplicidade de seus propósitos, a acietação foi rápida, em poucos meses se estendeu por toda Paris, tornando-se numerosos foram obrigados a dividirem-se em grupos residindo em suas cidades. As Conferências de caridade se espalharam através da França e, rapidamente, em outros países: Roma em 1842, Bélgica, Escócia, Irlanda, Alemanha, em 1846 nos Estados Unidos e México. Em 1847 já existiam 400 conferências, 3.500 em 1860 e 8.000 em 1913.
            Para unificar e centralizaras conferências foi criado o “Conselho Geral”, com sede em Paris. E devido à corrupção e ao materialismo, abriu-se de 1860 a 1870 um período de perseguições a Sociedade São Vicente de Paulo, cerca de 2.00 vicentinos foram mortos. Depois disto foram criadas conferências dentro dos campos de concentração alemã.
Em 1856, na Bolonha, nasceu o Movimento feminino e em 1919 surgiram as primeiras conferências nos meios Universitários de Paris.
A primeira conferência no Brasil foi em 4 de agosto de 1872 no Rio de Janeiro, no Seminário dos Padres Lazaristas juntamente com alguns leigos, denominando Conferência São José.  No Brasil a fusão dos ramos femininos e masculinos aconteceu em 19 de outubro de 1967.
A caridade no Brasil era exercida pelas Santa Casas de Misericórdias e pelas Irmandades. A Sociedade São Vicente de Paulo chegou no Brasl em boa hora, pois a imigração estrangeira, o êxodo rural e o crescimento rápido ds cidades brasileiras, criaram uma população marginalizada que necessitava muito do auxilio dos vicentinos, pois não havia na época nenhuma Assistência Social.
Com o aumento das conferências foi instituído o conselho Superior o Brasil, no Rio de Janeiro e logo após, o conselho Central em março de 1874. No dia 31 de maio do mesmo ano, foi fundada em São Paulo a Conferência de São José, sendo escolhido como patronos da mesma D. Vital e D. Macedo.
As conferências se multiplicaram rapidamente, atingindo outros estados. No Brasil são mais de 20.000 conferências congregando 300.000 confrades e consocias (vicentinos).
Atualmente a Sociedade São Vicente de Paulo conta com aproximadamente com 900.000 membro divididos por 46.000 conferências, em 135 paises de cinco continentes.
A Sociedade São Vicente de Paulo em Mogi das Cruzes foi instalada em 15 de novembro de 1896, pelo Dr. Francisco Xavier, Cel. Francisco do Canto e Mello, Antonio Affonso Furquim, Antonio Rodrigues Leite e Firmino Ladeira, 60 anos depois do surgimento da mesma em Paris.
Pessoas das cidades vizinhas como Suzano, Poá, Arujá, Salesópolis, Santa Isabel, Guararema, Biritiba Mirim aderiram ao Movimento Vicentino por se notar que ajudar os pobres tornara-se uma necessidade. Com o número crescente de associados, o grupo dividiu-se em outras conferências para abranger todas as regiões e suas proximidades. Foram criadas mais unidades vicentinas, e por conseqüência, foram criadas Conselhos Particulares para uni-las e orientá-las, nascendo o Conselho Central de Mogi das Cruzes em 28 de março de 1961.
Atualmente o Conselho Central de Mogi das Cruzes dirige e orienta 12 Conselhos Particulares nas cidades de Mogi das Cruzes(Mogi Centro, Zona Leste, Bom Pastor, João XXIII, N.Sra. do Rosário), Guararema(Guararema e São Bento na zona rural), Biritiba Mirim (Biritiba Mirim e São Benedito), Salesópolis(Centro, São José, N. Sra. Dos Remédios). Por meio de suas 103 Conferências , reúnem 1197 membros que se dedicam ás visitas ás pessoas carentes e doentes, levando alimentos, apoio assistencial e espiritual. Assistem 528 famílias, cujo benefício estnde-se a 2.143 pessoas, no âmbito da promoção social, mantém em Mogi das Cruzes, Guararema e Salesópolis Lar par idosos e a Santa Casa Frederico Ozanam, com ta com o trabalho de 982 voluntários diretos.

A organização e a Caridade andam juntas na Sociedade São Vicente de Paulo

Os membros associados da Sociedade São Vicente de Paulo são voluntários que trabalham respeitando um regulamento que traduz o desejo da Obra. “Amar o próximo com a si mesmo” e trazer um pouco de dignidade aos menos favorecidos, justiça aos mais injustiçados,.
O trabalho realizado pelos vicentinos, não é fazer o trabalho dos órgãos públicos, mas sim, ajudar a diminuir os impactos da desigualdade social e espiritual da pessoa humana. Todo se humano e cidadão tem seus direitos e deveres, mas no mundo em que vivemos, ainda existem pessoas que não tem conhecimento disso, e por isso, passam por dificuldades.
A missão das Conferências é “Aliviar o sofrimento e a miséria; promover a dignidade e a integridade dos pobres”. Seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo: “Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, tive frio e me vestiste, estive sozinho e me visitaste.”
O trabalho das conferência é visitar, conhecer a realidade das famílias necessitadas, levar ao conhecimento de todos o problema e criar uma ação que possa solucionar e lavá-las a promoção .

A Sociedade São Vicente de Paulo em tudo que realiza se orienta pelo Regulamento, na qual estão orienta a forma de trabalho de todas as atividades que realiza, desde uma festa até uma arrecadação de alimentos, visitas as famílias.
A organização é necessária para que haja uma ação duradoura e eficaz: as equipes de trabalho são em cada país, organizadas em plano local, federadas num plano nacional e agrupadas novamente no plano internacional.
A atenção dada as realidades vividas pelas pessoas necessitadas em todos os seus aspectos econômicos, sociais, a busca de informações para chegarem e uma ação eficaz.
Esse voluntariado, animado por uma mesma forma de agir, é exercido nas diversas ações da solidariedade. Todos são levados em consideração: adultos, idosos, crianças,pessoas reduzidas a solidão, migrantes sem domicílio, doentes, famílias, prisioneiros, desempregados.
Esse trabalho é feito em diálogo e ou parcerias com serviços sociais e poderes públicos, com outras associações, cruzando informações para atender e chegar mais próximo possível das soluções.
O respeito pela dignidade de cada um, a busca de maio justiça, a recusa das exclusões respondem a preocupação da Igreja pelo desenvolvimento integral do homem. Favorecer a participação e a expressão a confiança em si  e reaprender a e lançar para o futuro é missão do núcleos ou unidades de funcionamento da SSVP. No mundo inteiro a Caridade, Na Igreja, é uma missão.

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